Na próxima vez que você receber a sua conta de luz, não adianta ficar nervoso. Tem gente em maior encrenca no que diz respeito ao consumo de energia. O Google, gigante das buscas na web, revelou nessa semana dados do seu próprio consumo de energia. Em resumo, a companhia utiliza sozinha a mesma quantidade de eletricidade utilizada por 200 mil habitantes em uma cidade considerada de tamanho médio.
Com todos os data centers ao redor do mundo, o Google consome anualmente 260 milhões de watts. Salt Lake City, capital do Utah nos Estados Unidos, tem 186 mil habitantes – portanto, o gasto do Google é maior que o da região famosa pelos jogos de inverno de 2002.
O Google poderia construir uma usina nuclear própria para abastecer os próprios data centers. Esses 260 milhões de watts equivalem a 25% da produção de energia de uma instalação desse tipo; e a empresa ainda teria a chance de negociar o restante da eletricidade no mercado corporativo de eletricidade. Mas o Google quer justamente o contrário: energia limpa.
Não é por acaso que o Google negociou diretamente com dois centros de energia eólica para que a produção de eletricidade a partir do movimento dos ventos abastecesse os servidores da companhia. E é assim que o Google diminui a quantidade de impressões de carbono na manutenção dos equipamentos que dão vida às mensagens do Gmail e aos vídeos do YouTube, por exemplo.
De acordo com o Google, 25% da energia utilizada pela empresa em 2010 vinha de fontes renováveis. A intenção é de que o porcentual suba para 30% nesse ano.
Toda vez que você entra no Google ou utiliza a OmniBox do Chrome para fazer uma busca, terá utilizado 0,3 watt-hora para a requisição. Numa conta de matemática básica, descobrimos que, com mais de um bilhão de buscas por dia, dá no total 12,5 milhões de watts por ano apenas com essa atividade que nos parece tão simples.
As informações sobre o consumo de eletricidade do Google estão disponíveis no site Google Green, que acaba de passar por uma atualização.